Sobre a raiva
- Renata Araújo
- 25 de jan.
- 1 min de leitura
Atualizado: há 5 dias
A raiva é uma emoção quente, carrega o calor do fogo e, por isso, há nela um enorme potencial energético de destruição.
Nossa respiração fica rasa e acelerada, o cérebro não recebe a oxigenação necessária, o ritmo cardíaco aumenta, o corpo se arma para uma guerra e, nela, quem mais perde somos nós mesmos. Desconheço boas soluções que tenham sido tomadas em momentos de raiva súbita.
Mas, há um outro viés da raiva. Ela também carrega um potencial de ação que pode ser construtivo.
O fogo da raiva pode ser resfriado quando respiramos profundamente algumas vezes antes de sermos abduzidos de nós mesmos. Respirar profundamente ativa o elemento água, umedecendo nosso cérebro que passa a gestar, em pouco tempo, um mar de possibilidades. O fogo em contato com essa água, gera o ar, o pensamento carregado de razão para só então seguirmos para a ação, ou seja, para a sua materialização em terra.
O movimento fogo-água-ar-terra mostra que a raiva pode ser sagrada e que precisamos expressá-la de maneira saudável para não somatizarmos afetos incompreendidos.

Até breve! 🌻
***
✍🏼 Por Rê Araújo
Filósofa da alma
Comentários