Você é seu cérebro?
- Renata Araújo
- 26 de jun.
- 1 min de leitura
Atualizado: há 5 dias
Essa pergunta que parece moderna, fruto da ciência e das neuroimagens que iluminam zonas cerebrais em busca da alma é, na verdade, antiga. Desde que o ser humano passou a se perguntar “quem sou eu?”, a resposta oscilou entre corpo, mente, espírito, essência, energia...
Afinal, qual é o caminho certo?
A neurociência afirma que o cérebro decide até 10 segundos (🔗) antes da nossa consciência. Então... nossas escolhas são apenas consequência bioelétrica? 😨
Já a filosofia pergunta quem é esse “eu” que observa o próprio pensamento? E mais, se algo é verdade para um "eu" é, necessariamente para outros? Existem várias verdades?
A neurofilosofia é um entre-mundos.
Um espaço onde o impulso neural encontra o símbolo e o significado se apresenta. Onde o córtex frontal processa e articula a fala, mas também silencia. Onde a consciência talvez não se reduza aos circuitos neurais mas, quem sabe, se revele através deles.
➡ Sou meu cérebro?
➡ Sou o que ele cria, ou o que nele resiste?
➡ Sou minha química ou o mistério que ela tenta conter?
➡ O que pulsa em mim se limita ao que pode ser medido?
O ser humano precisa ser capaz de sustentar esse objeto faltante e as dúvidas existenciais se constituindo enquanto indivíduo apesar disso, com a nobreza e a sobriedade como alicerces da vida. Então, talvez, só talvez, ser humano seja viver essas dúvidas com gentileza e dignidade.

Até breve! 🌻
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✍🏼 Por Rê Araújo
Filósofa da alma
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