
Tentaram nos calar, gritamos com a Alma.
Tentaram nos cegar, olhamos para dentro.
Tentaram nos prender, voamos com o Espírito.


Vazio fértil: sobre dor e travessia emocional
Há um lugar em nós que ninguém visita, nem a gente mesmo. É uma sala escura onde mora tudo o que não tem nome, o que foi calado, o que doeu em silêncio...
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Costumam chamar isso de vazio, mas eu chamo de vazio fértil, porque é dali, daquele buraco negro no peito, do cansaço antigo da lágrima que não caiu que começa a nascer uma nova linguagem.
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A dor, quando escutada com reverência, se transforma. Deixa de ser prisão para virar passagem. Deixa de ser sombra para virar penumbra habitada até se iluminar.
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O vazio fértil é esse solo não cultivado, esse terreno abandonado dentro de nós, onde sementes invisíveis repousam esperando coragem. Coragem de sentir. Coragem de nomear. Coragem de continuar.
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Aqui é um abrigo para esses processos. Aqui cabem as perguntas sem resposta, as pausas que sangram, os hiatos que curam mais que os discursos.
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Não há promessa de leveza, mas há escuta, há presença e há poesia suficiente para te lembrar que, mesmo no escuro, você ainda é e, mais do que isso, não está só!
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Seja bem-vinda ou bem-vindo à travessia.
A porta está aberta.
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Por Renata Araújo
Filósofa da alma em eterno retorno



Hiatos de silêncio: práticas integrativas, sonhos...
Você já pensou em criar um lugar só seu para guardar os pequenos milagres que sussurram ao pé do ouvido no cotidiano?
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Um chá de hortelã que alivia sem alarde.
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Um banho de ervas que te devolveu ao corpo.
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A prece que nasceu no meio de uma dor insuportável.
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Aquela frase que te atravessou trazendo uma profunda sensação de gratidão.
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Criar um caderno que registra os caminhos é um gesto de autoria sobre si, onde se organizam práticas que deram certo e aquelas que não foram tão funcionais, receitas e rituais, é onde a escuta se organiza através da escrita, do esboço, da ilustração, da colagem...
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É dar asas para a criatividade criar um ninho onde seus ciclos, sintomas e silêncios possam repousar sem julgamento. É um território íntimo onde intuição e memória andam de mãos dadas buscando a lucidez como aliada.
Aqui, você vai encontrar inspiração para montar o seu com sugestões de práticas simples e profundas, chás para dias difíceis, banhos de ervas, incensos, orações para quando as palavras faltam, e sonhos que merecem ser lembrados e ressignificados.
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Mas o mais importante não está aqui, mas no que você escreverá. É a história que se escreve no que seu corpo diz, no que sua alma pede. Seu caderno será como eu, você e todos nós: único, vivo, imperfeito, potente, humano.
📖 Pegue um caderno vazio e dê a ele um nome afetuoso e comece! Veja uma sugestão de como transformar este recomeço num momento sagrado clicando no botão abaixo.
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Por Renata Araújo
Bióloga no laboratório da vida





Alma em flor: fragmentos do que virá
Nem sempre a escrita chega inteira, às vezes a ideia brota em pedaços deslocados, mas cheios de potencial.
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Palavras são poderosas, pois guardam a magia da criação, são energia viva e radiante que podem trazer alento ou maldição. Eu escolho trazer conforto, esclarecimentos, lucidez, esperança...
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Aqui trarei fragmentos de textos futuros que, mesmo deslocados não viraram algo maior, mas são sementes que já me atravessaram em estado de flor.
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Escrever, pra mim, é um jeito de cuidar da dor com palavras. Cada frase é uma pétala colhida no escuro da dor, e mesmo sem saber o fim, sigo escrevendo.
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Talvez meu processo seja esse: minha argila são as palavras e faço delas vasos que enfeitam almas.
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Renata Araújo
Palavra em travessia
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