Quando te fazem duvidar de si: o nome disso é Gaslighting
- Renata Araújo
- 8 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de out.
Nem sempre o autoritarismo se apresenta com violência explícita. Às vezes, ele vem disfarçado de zelo, de proteção, de conselho bem-intencionado. Esse tipo de poder sutil opera no invisível dos silêncios impostos, das escolhas diminuídas, das emoções invalidadas, dos pedidos de desculpas ignorado.
Está na fala que diz:
🗣 Você entendeu errado.
🗣 Isso é pro seu bem.
🗣 Você é muito sensível.
🗣 Você está exagerando.
🗣 Eu nunca falei isso.
🗣 Isso é coisa da sua cabeça.
Essa forma de manipulação tem nome: Gaslighting.
Um tipo de abuso psicológico sutil, mas devastador, que faz com que a pessoa duvide da própria memória, das suas percepções, das emoções legítimas que sente, da sua sanidade mental. Gaslighting é quando o outro nega a sua realidade e faz com que você também comece a negá-la.
É o oposto do cuidado.
Enquanto o cuidado ilumina, o gaslighting apaga. Enquanto o cuidado valida, o gaslighting invalida numa tentativa sistemática de dominar pela dúvida. Reconhecer o gaslighting é uma forma de reconquistar sua voz, sua vida, sua confiança nos sentidos.
Aqui, toda dor é escutada e toda palavra tem corpo, contexto e memória. Uma tentativa de nomear os territórios onde a liberdade emocional foi sabotada é também um convite para recuperar a bússola interna, honrar o que se sente e reescrever a própria história.
Se você já se perguntou:
🗣 Será que eu errei mesmo?
🗣 Será que estou exagerando?
🗣 Será que eu inventei isso tudo?
Este espaço é seu também. Aqui, ninguém vai apagar sua luz e te culpar pela escuridão.
🫶🏽 Você não está exagerando.
🫶🏽 Você não está só.
🫶🏽 Sua dor é legítima.
O primeiro passo para sair dessa névoa imposta é se lembrar de quem você é por inteiro, sem precisar caber na versão que te deram de si, nem provar nada para ninguém.

Até breve! 🌻
***
✍🏼 Por Rê Araújo
Filósofa da alma
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