top of page
Imagem feminina simulando a mãe Terra.
Logotipo

Que você possa desfrutar com sabedoria e lucidez de qualquer conteúdo deste local que, para mim, é sagrado!

Atravessar o tempo: um perdão que toca raízes

Atualizado: 17 de out.

Perdoar uma mãe não é esquecer, justificar ou romantizar a dor. É reconhecer que ela também foi filha. Que carregou nos braços e nos silêncios um legado maior do que ela pôde compreender. É permitir que a linha do tempo se desfaça em nós, para que algo novo possa nascer.


Perdoar não exige convivência. Exige escuta da nossa própria dor, das vozes internas, dos gestos que se repetem sem que saibamos por quê.

Perdoar a mãe é um ato de coragem ancestral. É dizer: eu vejo o que doeu em você, mesmo sem entender tudo. É aceitar que talvez ela não tenha tido espaço para ser uma mulher inteira, sensível, autêntica. E que, em muitos casos, tampouco a mãe dela teve 🥹


Quando começamos a curar essa linha, fazemos algo que talvez ninguém tenha feito antes. Criamos um campo onde nossas filhas (internas ou externas) possam crescer com mais verdade e menos medo.


Perdoar é um ritual íntimo.

Pode acontecer diante de um espelho, numa carta jamais enviada, num banho de ervas ou no simples gesto de respirar fundo quando o padrão retorna. Mas quando acontece, mesmo que aos poucos, uma leveza brota no corpo. Uma flor nasce onde antes havia espinho🌹


Se quiser, escreva uma carta para sua mãe, ou para a mãe dela. Não para entregá-la, mas para esvaziar o que pesa. O silêncio pode guardar muitas mágoas, mas a escrita é um rio que leva embora o que já não precisa ficar.


ree

Até breve! 🌻


***

✍🏼 Por Rê Araújo

Filósofa da alma


Comentários


bottom of page