O grande desafio
- Renata Araújo
- 26 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de out.
Criar um ser humano é bem desafiador e requer um altruísmo nato. Existem muitos altos e baixos, muitas dificuldades e alegrias, mas nada supera a boa sensação de estarmos seguindo um caminho iluminado pelo amor.
É um compromisso sagrado de formar e instruir indivíduos dentro de valores e costumes, de prepará-los para a vida e deixá-los ir.

Não aprendemos a ser pais, isso é fato!
Por vezes, recebemos alguns bons conselhos, choramos em ombros amigos quando algo aflige, buscamos (ou deveríamos buscar) reconhecer nossas projeções, traumas e sublimamos o que conseguimos com ajuda de terapia. Tentamos fazer o nosso melhor e, normalmente, nos cobramos muito nessa caminhada.
Nossos filhos chegam à adolescência e tendem a nos rejeitar em algum aspecto, pois buscam a construção de suas próprias identidades e, às vezes, isso dói nos pais. Precisamos estar minimamente maduros para reconhecer, nesse ato de rebeldia um movimento natural da vida, que representa a saída do ambiente familiar para o mundo.
Os filhos precisam explorar o mundo, carregando na mala todos os ensinamentos até então assimilados. Eles vão sofrer, vão chorar, mas também vão sorrir e aprender. Esse aprendizado que vem à partir das próprias vivências faz com que eles percebam dentro de si aquelas nossas antigas falas que tentavam mostrar o bom, o justo, o belo e o verdadeiro. Ocorre então um despertar do que há de mais sagrado em nós, que é o reconhecimento das nossas origens e se inicia o movimento de retorno.
É preciso que, ao voltar do mundo, os filhos encontrem os pais ainda disponíveis, aguardando de braços abertos, enquanto pediam à Deus, todos os dias, para que seus filhos se mantivessem firmes no caminhar digno e virtuoso.

Conversando com uma pessoa querida hoje, exatamente sobre esse percurso, tive uma epifania em relação à parábola do filho pródigo e como os mitos representam bem a vida humana 🤍
Numa escala mais macro, estarmos vivos aqui sofrendo, buscando compreensão de si e de nossas origens, nos dá ferramentas para alcançar a sabedoria e o discernimento necessários sobre o que nosso Pai dos Céus quis ensinar e, quando voltarmos do mundo, cheios de arrependimentos e agradecimentos, seremos igualmente recebidos de braços abertos.
Até breve! 🌻
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✍🏼 Por Rê Araújo
Filósofa da alma
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